sexta-feira, 10 de junho de 2011

Pureza Espiritual

“Bem-aventurados os limpos de coração, pois eles verão a Deus.”

Quão estranho é que a pureza de coração seja negligenciada ou mesmo desaprovada, enquanto se insiste na pureza em outros sentidos. Todos estão de acordo que a água deve ser pura, que o ar seja puro, que os alimentos sejam puros e que a amizade seja pura. Sendo a pureza exigida no mundo físico, social e político, seria repudiada ou negligenciada no mundo moral e espiritual? Nas coisas de maior importância? Ela é necessária para curar a inconstância e confirmar os crentes na vida cristã: quando todos os adversários internos são destruídos pelo poder de Deus, os cristãos podem caminhar firmes nos Seus mandamentos e possuir o seu poder a ponto de destruir fortalezas (2 Cor. 10:4).

Como pode a fé aumentar a força e volume quando duvidamos durante a maior parte do tempo? Como a humildade pode adquirir maior profundidade e permanência quando estamos sujeitos a maior ou menor quantidade de orgulho? Como pode a paciência ter ação completa enquanto estamos inquietos e mal humorados diante da oposição e das provações? Como pode o amor ser perfeito ou aumentar sua intensidade e poder enquanto a mente carnal não é destruída? Nenhuma virtude pode desenvolver-se até a perfeição convivendo com um vício oposto. Como pode a humildade crescer com o orgulho? Como podem afeições santas desenvolver-se no coração com a cobiça acalentada? 

Com o amor ao louvor humano, com o amor aos prazeres mundanos? Quanto um cristão há de progredir em 20 anos em direção a perfeita conformidade com toda a vontade de Deus e perfeito amor por essa vontade divina, enquanto todos os dias satisfaz o seu eu, recusando-se a submissão incondicional e, se em alguns assuntos, cede à obstinação e à rebeldia? Só há um meio, um único meio: sermos purificados do pecado... em nosso coração (F. G. Hib-bard). 

Qualquer grau de mente carnal, que é inimizade contra Deus, é obstáculo ao nosso perfeito cumprimento da vontade de Deus; daí surge a necessidade de sua destruição. E isto é o mínimo que todo cristão deveria desejar. Obtido isto, resta-nos ainda bastante a fazer, a conquistar, no aspecto de crescer na graça e no conhecimento de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo.


(extraído do livro Pureza e Maturidade – J. A. Wood)

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